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2012 - Livro Vermelho 2013

Chaetostoma flavum C.Koschnitzke & A.B.Martins VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 18-02-2014

Criterio: D2

Avaliador: Luiz Santos

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Luiz Santos

Analista(s) SIG: Thiago, Marcelo

Especialista(s): José Fernando Baumgratz


Justificativa

Endêmica do estado de Goiás, é encontrada nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Niquelândia (Koschnitzke & Martins, 2006). Está sujeita a duas situações de ameaça considerando seus municípios de ocorrência. Desenvolve-se em Campos Rupestres, formando densas e extensas subpopulações (Santos et al., 2009; CNCFlora, 2013). A agricultura e a pecuária são ameaças incidentes à espécie na região de distribuição (Souza & Felfili, 2006), assim como o aumento na frequência de incêndios de origem antrópica (Fiedler et al., 2006). No município de Niquelândia, particularmente, a mineração do níquel também configura uma ameaça de alto impacto (CNCFlora, 2013). Devido a sua restrita área de ocorrência e por não ocorrer em Unidades de Conservação, a espécie sofre o risco de tornar-se severamente ameaçada, em um futuro próximo, caso as ameaças não sejam cessadas ou revertidas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Chaetostoma flavum Koschn. & A.B.Martins;

Família: Melastomataceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Novon 9(2): 204. 1999. C. flavum distingue-se das outras espécies pelas pétalas amarelas, ovário 4-5-locular e conectivos dos estames ante-sépalos com apêndices prolongados (3-5 mm) (Koschnitzke & Martins, 2006).

Distribuição

Endêmica do estado de Goiás, municípios de Alto de Paraíso de Goiás e Niquelândia (Chapada dos Veadeiros) (Koschnitzke & Martins, 2006; Santos et al., 2009; Martins & Rodrigues, 2014); encontrada entre 1.000 m e 1.750 m de altitude (H.S. Irwin 24676; W.R. Anderson 6707).

Ecologia

Caracteriza-se por subarbustos eretos, cespitosos, com aproximadamente 40 cm de altura (raramente chegando até 1 m) (Koschnitzke & Martins, 2006; Santos et al., 2009); encontrado em Campos Rupestres, em solos arenosos úmidos, margeando cursos d'água (B. Gates 13) ou solos pedregosos em Cerrado aberto (M.L. Fonseca 167); formam densas e extensas subpopulações em campo de gramíneas na Rodovia GO-118, a ca. de 26 km ao norte de Alto Paraíso de Goiás (J.R. Pirani 1876); frequente na Fazenda São Bento, próximo a cachoeira Almécegas II (G. Martinelli 16543).

Reprodução

Coletada em flor nos meses de janeiro (B. Gates 13), fevereiro (J.R. Pirani 1876), março (W.R. Anderson 6707), abril (G. Martinelli 16543), junho (N.F.O. Mota 1544) e julho (S. Romaniuc Neto 288). Segundo Koschnitzke & Martins (2006) é encontrada em flor nos meses de janeiro a abril e em agosto; em fruto nos meses de janeiro e junho.

Ameaças

2 Agriculture & aquaculture
Incidência regional
Severidade high
Detalhes No município de Alto Paraíso de Goiás a atividade agrícola encontra-se em constante expansão. A pecuária também configura importante ameaça na região, contribuindo para invasão de gramíneas exóticas e aumento na freqüência dos incêndios (Souza & Felfili, 2006).

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência regional
Severidade high
Detalhes As modificações na paisagem devido a produção agrícola e pecuária, tem sido considerada a principal causa de degradação do Cerrado e causado um aumento na freqüência de fogo na região da Chapada dos Veadeiros e, provavelmente, alterado a capacidade de recuperação de elementos da biota mais sensíveis a esse distúrbio (Fiedler et al., 2006).

3.2 Mining & quarrying
Incidência local
Severidade high
Detalhes Coletada no município de Niquelândia próximo a região de mineração de níquel (M.L. Fonseca 167).

Referências

- FIEDLER, N. C.; MERLO, D. A.; MEDEIROS, M. B. Ocorrência de incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás. Ciência Florestal, v. 16, n. 2, 2006.

- SOUZA, C. D.; FELFILI, J. M. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 20, n.1, p. 135-142, 2006.

- KOSCHNITZKE, C.; MARTINS, A.B. Revisão taxonômica do gênero Chaetostoma DC. (Microlicieae-Melastomataceae). Arq. Mus. Nac. Rio de Janeiro, v.64, n.2, pp.95-119, 2006.

- SANTOS, A.K.A.; MARTINS, A.B.; ROMERO, R.; SANTOS, A.P.M.; ALMEDA, F; BERNARDO, K.F.R.; KOSCHNITZKE, C.; GOLDENBERG, R.; REGINATO, M.; LEE, R.C.S.; RODRIGUES, W.A. Melastomataceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G.; QUEIROZ, L.P.; SILVA, J.M.C. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservação Internacional; Universidade Estadual de Feira de Santana, 2009. pp. 263-279.

- CNCFlora. 2013. Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>.

Como citar

CNCFlora. Chaetostoma flavum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Chaetostoma flavum>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 28/11/2014 - 15:55:46